Ferramentas lúdicas na EaD: uma nova proposta em videoconferência

O objetivo desta postagem é disseminar um caso prático de utilização da ferramenta de videoconferência durante a execução do Programa de Capacitação em Educação a Distância (PCEaD), oferecido pelo SENAI/SC em Florianópolis. O público alvo deste curso é formado por colaboradores do SENAI, em sua maioria professores, dispersos por todo o Brasil. A videoconferência foi inserida neste processo para realização do fechamento do programa, sendo possível atender todos os alunos espalhados geograficamente, de forma a aproveitar suas funcionalidades e promover um momento de integração e interação entre os alunos do programa.

Após a realização das etapas a distância do PCEaD, que possui 4 módulos de estudos (módulo fundamentos da EaD, conteudistas, tutoria e monitoria), todos os alunos com bom aproveitamento participam da etapa por videoconferência. Essa etapa é realizada num único dia com duração total de 8 horas. Por se tratar de um encontro de 8 horas, foi necessário o desenvolvimento de algumas estratégias de ensino que promovessem uma maior dinamicidade e envolvimento dos alunos no processo de aprendizagem, pois a ferramenta de videoconferência apresenta algumas limitações no que diz respeito à interatividade e até mesmo o cansaço físico e mental provocado aos alunos. Além disso, existem outras limitações referentes às tecnologias envolvidas para a realização da videoconferência, como quantidades e disposição das câmeras, transmissão de áudio, estrutura do ponto de videoconferência, entre outras.

Para suprir essa necessidade de ausência de interação e envolvimento dos alunos durante a utilização da videoconferência, bem como a proposta de um fechamento de 8 horas, foi inserido neste momento a metodologia lúdica com o intuito de instigar e provocar os alunos a interagirem de maneira mais participativa e natural. Nesse sentido, buscou-se trabalhar com dois personagens, que foram interpretados pelos professores-tutores que mediaram o encontro, criados especificamente para essa ocasião, estando inseridos dentro do contexto do conteúdo abordado.

Os personagens estavam inseridos no cenário de um “Programa de Culinária” transmitido ao vivo pela Rede EaD de comunicação, sendo que o mesmo foi construído no ponto transmissor da videoconferência, localizado no SENAI/SC em Florianópolis. O personagem principal foi a Chefe Rosalí, que contou com a ajuda do seu assistente Dieguí, ambos conduziram as atividades propostas neste contexto culinário.
A partir desse cenário, os personagens entraram em cena fazendo a abertura do Programa de Culinária, sendo que os alunos desconheciam essa proposta, pois o objetivo principal desta estratégia foi causar impacto aos alunos e provocar a curiosidade do desenvolvimento da atividade. Vale ressaltar, que no início do encontro os alunos foram informados que no decorrer do dia seriam utilizados alguns momentos lúdicos para tornar o aprendizado mais dinâmico e prazeroso.

Após essa abertura, os alunos foram convidados a participar do Programa de Culinária como se fossem telespectadores, colaborando suas receitas. Mas para direcionar o formato dessas receitas, os personagens lançaram um desafio aos seus telespectadores (alunos), que foi construir uma “receita para fazer EaD”. Neste momento buscou-se explanar que para fazer EaD não temos uma receita pronta/formatada, cada instituição deve adotar suas estratégias de acordo com as necessidades e ensejos do seu público alvo, sempre embasado nos padrões de qualidade exigidos pelo mercado ou até mesmo pelo MEC, para os casos de cursos regulares.

Com o desafio intitulado, foi estabelecido um tempo para os alunos desenvolverem a receita, enquanto isso, o programa entrou nos comerciais. Terminado esse período, o programa voltou ao ar e fez conexões com todos os pontos para verificar os resultados das receitas desenvolvidas pelos alunos.

Como houve uma interação muito intensa entre os alunos e os personagens durante a realização do programa, os resultados superaram as expectativas criadas pela equipe que organizou este momento, pois os alunos entraram no “clima” da metodologia lúdica, criando personagens para apresentar suas receitas de como fazer EaD. Por meio das apresentações das receitas, identificou-se o envolvimento dos alunos com a estratégia de ensino adotada, rompendo algumas barreiras e limitações intrínsecas as funcionalidades da videoconferência, servindo de elemento positivo para a inserção do lúdico no processo de aprendizagem mediado por tecnologias.

Para finalizar, vale destacar que ao final do encontro os alunos se posicionaram em relação ao trabalho desenvolvido pelos mediadores, buscando conhecer com maior propriedade as opiniões acerca da proposta lúdica implementada. A partir desses comentários, todos com caráter positivo e satisfação com o momento vivenciado, busca-se aplicar nos cursos à distância oferecidos no SENAI/SC em Florianópolis que utilizam a videoconferência como recurso de mediação, a metodologia lúdica para tornar o processo de aprendizagem mais dinâmica, interativo e participativo, indo ao encontro do que os autores mencionam sobre as características dessa ferramenta.

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